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Palavras como Cerejas...com a Matilde do Green aos 30

Foto do escritor: Just Natural PleaseJust Natural Please

Olá! Bem-vindos à sexta edição da rubrica Palavras Como Cerejas....

A ideia é dar-vos a conhecer, em cada uma destas últimas 10 semanas do ano, 10 mulheres que admiro e que partilham os seus estilos de vida nos seus blogs.

E tudo acontece numa conversa, doce e encadeada, como as Cerejas...


Conheci a “cerejinha” de hoje há pouco tempo mas achei a sua história tão interessante que não podia deixar de a partilhar convosco aqui no “Palavras Como Cerejas”. Como se costuma dizer, “há males que vêm por bem”. Este foi também o caso dela, uma vez que uma complicação durante a gravidez fê-la descobrir o mundo da alimentação saudável e partilhá-lo no seu blog. Dona de uma simpatia contagiante e mãe de uma menina de olho lindo que adora dar abracinhos, apresento-vos a Matilde.


Matilde Idade: 33 Onde vives/de onde és: Natural da Covilhã, moro em Odivelas Formação/Profissão: Licenciada em Engenharia Electrotécnica e Computadores


J: És autora do blog Green aos 30. Podes partilhar connosco o que te levou a criá-lo? M: Criei o blog com o intuito de ir registando as receitas que vou fazendo e contribuir para a divulgação de uma alimentação saudável. Cada vez mais temos acesso a uma imensidão de produtos que nos fazem cair em tentação, muitos intitulam-se como saudáveis mas não são. O interesse pelo vegetarianismo começou quando Collin Campbell esteve em Portugal e comecei a ouvir falar mais sobre os malefícios da proteína animal. Preocupa-me que os nossos filhos possam ter uma esperança de vida inferior à nossa e muito em parte devido a doenças causadas por uma alimentação incorreta. Está nas nossas mãos podermos reverter esta situação.

J: Sei que durante a tua gravidez sofreste de diabetes gestacional. Quando esta te foi diagnosticada sentes que encontraste o apoio que precisavas junto dos profissionais de saúde que te acompanhavam? M: Inicialmente sim, e explicaram-me o que deveria fazer para corrigir os erros alimentares que levaram a essa situação. No entanto verifiquei que as alternativas que nos dão acabam por ser muito poucas e que a nível nutricional se preocupam mais com o cálculo de calorias do que em realmente perceber como funciona o nosso organismo. Acabei por adaptar a dieta que me deram à minha própria dieta.

​A diabetes gestacional é a diabetes que surge durante a gravidez e que geralmente desaparece no termo desta. Caracteriza-se resistência à ação da insulina na grávida, resultando na manutenção de níveis elevados de açúcar no sangue. Pode trazer complicações no nascimento do bebé assim como consequências para a mãe.


J: Como evoluiu a doença durante a restante gravidez? Conseguiste controlá-la com as alterações alimentares que fizeste? M: No inicio foi um choque e não percebi muito bem como era possível, no entanto quando comecei a analisar o que comia verifiquei que realmente o açúcar “escondido” nos alimentos era demasiado. Comecei a comer mais vegetais e cortei o açúcar, alimentos como leite e ovos aumentavam-me os níveis de açúcar no sangue. Uma noite caí em tentação e comi uma fatia de pizza, o valor da glicémia subiu tanto que fiquei realmente admirada como determinados alimentos nos podem fazer tanto mal. Ajudou-me a perceber como determinados alimentos nos afetam negativamente. Ao longo da gravidez, consegui sempre controlar os valores com a dieta alimentar que fiz.

J: O que foi mais difícil para ti mudar na tua alimentação? E a tua família, acolheu bem estas mudanças? M: O facto de não estar habituada a comer vegetais foi um desafio para mim, também deixei de beber sumos durante a refeição substituindo por água. O facto de estar grávida foi um fator motivacional muito grande. No entanto, cada vez que comentava que não queria uma fatia de bolo ou sobremesas as pessoas estranham que não queiramos algo doce.

J: Quando a gravidez terminou sentiste-te tentada a voltar à tua alimentação habitual? M: Temos sempre a tentação e de vez em quando lá vai um docinho, mas agora doces saudáveis, nunca mais voltei a comer como antes e acabei por ter muito mais cuidado. Em alturas de maior stress noto também que o apetite por algo doce é maior. Tem sido um processo de aprendizagem diária, todos os dias aprendo receitas novas e ideias diferentes. 


J: Agora és mãe de uma menina linda que eu tive o prazer de conhecer (e de dar muitos abracinhos…). Como é a alimentação da pequena C? M: É algo com que sempre tive muito cuidado, desde o início. Com algum esforço inicial consegui amamentar, pois o leite materno será sempre o melhor leite para a criança. É extraordinário como o paladar das crianças ainda não está viciado como o nosso, ela aceita facilmente sabores novos e diferentes. Sempre fiz as papas em casa e raramente come de pacote mas sem açúcares adicionados. Com quase 2 anos e meio nunca bebeu refrigerantes e relativamente a doces come os que eu faço em casa. Adora tudo o que é fruta!


J: Já pensaste qual vai ser a tua estratégia para fazer com que a pequena C continue a comer de forma saudável quando for para o infantário ou para a escola? C: Nas escolas acho que ainda temos de percorrer algum caminho para alterarmos alguns hábitos enraizados como por exemplo o facto de termos de apresentar um atestado para as crianças não beberem leite de vaca e podermos levar leite vegetal, que deveria simplesmente passar a ser uma alternativa que a escola fornecia também. A nível de sobremesa, continua a comer fruta que adora em vez da sobremesa que, apesar de ser somente uma vez por semana, continua a ser um doce.  ​​


A avó da pequena C, a pequena C e eu na Vegan Fair Lisboa 2015. Tantos miminhos que eu recebi da pequena C…


J: Tens algumas receitas rápidas e fáceis na manga que fazes naqueles momentos em que já estás cansada de todas as tarefas diárias?





J: E como “as palavras são como cerejas”, diz-me a primeira palavra que te ocorre perante estas:       Diabetes….                   Surpresa      Maternidade…                   Desafio      Cozinhar…                   Prazer     Carolina…                   Amor     Matilde…                   Perfeccionista

Obrigada!

Espero que tenham gostado de conhecer a Matilde e a pequena C. Não se esqueçam de visitar o seu blog Green aos 30 e fazer like na sua página do Facebook. Para a semana cá estaremos para partilhar mais uma taça de cerejas…

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